Esta época natalícia tive um déjà vu. Parecia que tinha voltado a 2004 ao ver tanta bandeira ou estandarte pendurado nas varandas e janelas das casas.
Eu em 2004 também pus uma bandeira que ainda lá está (qualquer dia ainda sou condenado por atentado contra os símbolos nacionais tal o estado de degradação em que ela se encontra...) e continuará até ela decidir que a nossa relação chegou ao fim e é tempo de partir.
Curiosamente sempre achei que a religião do povo é o futebol pois move paixões imensas, ódios iracionais, vontades de mandar a tv pela janela quando há falhanços impossíveis de golos etc, etc...
A primeira impressão que tive quando vi o primeiro estandarte (pelos vistos é assim que se chama) pendurado foi que a religião decidiu imitar a religião vulgo futebol numa fórmula que se provou eficaz e angariadora de apoio e fervor nacionalisto-futebolístico. E pelos vistos parece que conseguiu o seu intento.
Pelo menos o intento de vender os estandartes pois as expectativas dos espenhóis (pelo que me disseram foi quem começou este movimento por um Natal pelas verdadeiras razões) foram ultrapassadas em larga escala.
Se, como em 2004 em que "morremos na praia", isto é, perdemos na final, será que em 2009 o Natal voltou a essas e a outras casas pelas verdadeiras razões ou ficou-se apenas pela demonstração pública de tais intenções mas dentro de portas o Natal continuou o mesmo consumista de sempre?
A única coisa que sei é que lá em casa com a família reunida rimos bastante de n histórias contadas e passámos um bom tempo reunidos com quem poucas vezes estamos durante o resto do ano seja porque razão for (mas também trocámos prendas ;) ).
